23 horas - Uma longa estrada pela frente.... uma espessa névoa, só uma faca poderia cortá-la... e eu tinha de seguir em frente. O medo. Meu companheiro de dias e noites, que não me abandona, com seus longos tentáculos não desistia de tentar me sufocar. Seus longos dedos ao redor do meu pescoço, o ar cada vez mais raro, mais caro.
E eu tinha de seguir... tenho de seguir. Grandes árvores ladeiam a estrada, há flores... eu deveria me sentir a salvo, deveria me sentir em segurança. Mas o coração bate aceleradamente apertado dentro do peito... o olhos cansados se esforçam para decifrar o que tem mais à frente. Nada... só a estrada, as árvores e eu.
Então sigo, sem ter ideia de onde me levará cada passo, do que me espera a cada passo. Uma eternidade assim: solitário... só eu, uma estrada e as árvores.... que parece que parecem rir de mim.
E se lá do outro lado for assim? Uma estrada sem fim? Pobre, pobre de mim....
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