quarta-feira, 31 de julho de 2013

- 334 dias

péssimo dia
péssimo humor
péssima vida
péssimo ser tudo tão péssimo :(

E alguém ainda vem me dizer pra me conformar com a minha vida porque Nietzsche também tinha uma merda de vida.... era um porra louco... a solidão era sua eterna companhia, vivia doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego... de dor (ou de raiva, diria eu).

E daí? Por que razão vou comparar minha vida com a de outro? A minha dor é a minha dor. E é dor que não acaba mais.... que saco!

terça-feira, 30 de julho de 2013

- 335 dias

15:30 - Hoje trabalhei como um ser humano normal. Atendi a meus pacientes com um sorriso benevolente.... sorriso de festa.

Não, não se alegre... não estou achando que viver é uma festa, não. O que acontece é que há dias que precisam um pouquinho do chamado 'calor humano', ou sei lá o que que os torne menos duros, frios, pavorosos...

Continuou achando tudo uma merda mesmo... uma porra de vida.

Mas fazer o quê? Não posso descontar nos outros meu ódio, minha dor, meu sofrimento.

Escondi... escondo... atrás do sorriso de festa um gosto amargo da vida. Escondo o desprezível em mim. Não me revelo demais, nem de menos. Simplesmente não me revelo e ponto.

Uso máscaras. Você não?

Tá bom! Vou fazer de conta que acredito que você nunca, mas nunquinha mesmo colocou um sorriso de festa, junto com vestido de festa, terno de festa, sapato de festa... cabelo de festa... não... você nunca fez isso.

Qual será a recompensa pra tamanha dor? Talvez, só talvez não haja nenhuma... mesmo.

Bom, por enquanto vou seguir o dia me escondendo atrás do maldito sorriso que teima em se escancarar na minha cara.

Você já ouviu falar de Sartre? Creio que sim... gosto disto que ele disse: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você."

Muito bom isso... significa que posso dispor ao meu bel prazer de tudo o que fizeram e fazem comigo.... tá bom :(

segunda-feira, 29 de julho de 2013

- 336 dias

12 horas -  Acabei de sair da banheira... depois de cinco dias sem banho, eu merecia pelo menos cinco horas de imersão em água quente com sal amargo - 1 hora; água quente, sal amargo e álcool - 1 hora; água quente, sal amargo e bicarbonato de sódio - 1 hora; água quente e sais de banho - 2 horas.

Desintoxiquei... perfumei.

Mas a angústia continua... os delírios, as alucinações multiplicam-se. Não há água que dê jeito? Tem de haver algo que resolva o sufocar que sinto ao acordar, ao sair do quarto, ao lembrar que sou um ser humano. Sou  gente.... e não entendo nada de gente. Quem me meteu nesta enrascada? Palhaçada!

Registro aqui minha total revolta e não aceitação de ser quem sou... que merda... cada vez me convenço mais de que não posso fazer nada... nada... e nada.

O que me consola? Já sei como resolver o meu maior problema sem dor: deixar de ser um ser vivo... por conta própria, sem risco.... descobri como, enquanto me banhava em águas quentes e salgadas...

domingo, 28 de julho de 2013

- 337 dias

22 horas - Estou testando os limites do meu corpo. Cinco dias sem tomar banho. O número total de calorias de que um corpo precisa em um dia é a soma de três cálculos complicados.... a  minha média é 2.300... estou ingerindo três vezes mais... só quero ver n que vai dar.

Tudo tem limite. Até minha paciência. Sou assim... meio viv@, meio  mort@. Não que isso importe, de qualquer forma meu prazo de validade já está estipulado.

Não, não fique feliz... o seu também está.

Hoje li alguma coisa mais ou menos assim: a gente até engana os outros que é feliz... mas por dentro... Ahah! eu sabia... eu sabia que não era @ únic@ com angústia apertando o peito... com uma solidão imensa, um vazio abissal.

Então vivo testando meus limites... assim ocupo minha mente, demente em outras coisas que não só o meu próprio caos.

E vou vivendo, morrendo, na verdade... e você também.



sábado, 27 de julho de 2013

- 338 dias

20 horas - Hoje socializei. Fui ao shopping com amigos. Resisti a tentação de sair correndo mil vezes. Dialoguei... silenciei meu monólogo interior.... dialoguei. A bem da verdade mais escutei do que falei. Mas, pelo  menos tentei...

As pessoas realmente gostam umas das outras? Por que alguém se dispõe sair da 'paz' de seu lar e vai encontrar outras pessoas num local cheio de gente... num lugar de puro consumismo? É deprimente a necessidade de ter.... será que alguém consegue só ser?

Tenho tido sonhos/pesadelos os mais estranhos. Ontem sonhei/pesadelei que precisava urgentemente me olhar no espelho. Mas não tinha espelho em casa... (Qual o significado disso? - Deve haver alguma explicação (i)lógica). Então saí pra rua... era noite, as ruas estavam desertas, as luzes dos postes não estavam acesas.... todas as lâmpadas queimadas.

Sempre sonho em preto e branco. Só uma vez na vida, houve um colorido em um sonho meu....

No sonho de ontem à noite, tudo cinza.... bem escuro, beirando ao preto. Mas eu  via nitidamente as formas. Em cada cinco ou seis postes, havia um espelho pendurado. Eu cheguei diante de um e não vi rosto.... só meus cabelos - amarelos, de um amarelo forte, artificial, horroroso. Este foi meu segundo sonho com alguma cor...

Se os sonhos refletem o nosso interior, o inconsciente.... sei lá.... se eles tem uma explicação lógica, o que seria esse cabelo amarelo?

Nem gosto de loir@s.....

sexta-feira, 26 de julho de 2013

- 339 dias

11:30 - O sol apareceu tímido. Sumiram as nuvens espessas que cobriam a cidade. As ruas quase desertas por causa do frio de repente encheram-se de pessoas que, como formigas, vão apressadas de um lado para outro - como se quisessem recuperar o tempo em que ficaram enfurnadas dentro de casa... tempo perdido?

Recuperar o tempo. Existe maior idiotice? O tempo passa e nós passamos pelo tempo - é exatamente assim que funciona. Ninguém consegue recuperá-lo.... por  mais que tente.

Um ódio me corrói. Odeio o sol... o mundo é menos civilizado quando o sol aparece.

Nos chuvosos dias... há o silêncio só interrompido pelo som da própria chuva batendo no telhado de zinco.... tenho boas sensações nesses momentos. Será coisa da minha infância?

Somos produtos de nossos dias, de nossos encontros e desencontros - alguns psicólogos e psiquiatras dizem.

Meu Deus! Devo ter tido dias horrorosos e apenas desencontros... pra me tornar o que sou.

Maldito passado... que fez de mim essa criatura desengonçada, desajeitada, desconjuntada, completamente desarticulada, sem sintonia, sem sincronia, sem simetria, incapaz de seguir um ritmo, 'desritmada', confusa em meus próprios pensamentos, em minhas ações... e reações.

'O que a [minha] história conta não passa [...] do pesadelo espesso e confuso da [minha][des] humanidade", lembrando Schopenhauer....

quinta-feira, 25 de julho de 2013

- 340 dias

Ânimo... um pouquinho só.

13 horas - Acabei de acordar. Passei a noite pelos mais tenebrosos lugares - o próprio inferno de Dante.

Um barqueiro insistia que eu entrasse no barco e seguisse para uma viagem rumo ao desconhecido. Adrenalina a mil. O barco cheio de furos, mas a água não entrava, navegávamos num que parecia mar tenebroso... mas o barco seguia como se estivesse em águas tranquilas.

A escuridão... podia tocá-la com a ponta dos dedos.... mas inacreditavelmente eu conseguia ver tudo.
O escuro não escondia as formas. O frio era congelante - congelava tudo, mas eu me sentia aquecid@.

Um abysmo... mas não me senti tragad@.... e tinha mais, muito mais... mas acabou o ânimo pra continuar...

...além disso tenho dentes pra arrancar... bocas pra cuidar - no sentido literal da palavra.

Quem sabe amanhã.... tudo bem, perdoe-me.... eu sei que o amanhã não é para todos :(

quarta-feira, 24 de julho de 2013

- 341 dias

9 horas - sair lentamente da cama, entrar no chuveiro vagarosamente. O frio lá fora é de cortar a pele. O frio aqui dentro é de cortar o coração.... ou o que restou dele.

A água gelada... muito gelada.... escorre pelo corpo. Dói? Não, não dói. Nada se compara a dor da alma. Que venha o frio, que venha a chuva.... e façam companhia pra dor que toma conta do meu ser.

Um péssimo dia pela frente. Pessimista? Pode ser... depende do ponto de vista.

Tento comer... não dá. Então, dá-lhe café... um fininho... a fumaça enfumaça meu cérebro, meus olhos, minha vida.

Tudo grigio... bem escuro...

Agora trabalhar até o dia acabar.

Gente e mais gente.... não importa quanta. A solidão é maior, solidão interior, da alma: constatação fria - como o frio lá fora, o frio aqui dentro - e inegável.

No meio dessa gente, eu vago... no meu vazio interior.

Como está o S|EU dia?

terça-feira, 23 de julho de 2013

- 342 dias

10:30 - o dia de ontem deveria ser riscado do livro da vida. Se eu tivesse a posse do livro certamente rasgaria a folha de 22 de julho de 2013... queimaria. O dia seria como se não tivesse existido.

Não posso riscá-lo do mapa.

Mas posso raspá-lo da  minha memória até que não sobre vestígio algum... Quero em mim "O brilho eterno de uma memória sem lembranças".

Não é só nos dias de medo que quero pôr fim.... nos dias de asco.. asco por seres vivos que não têm nenhuma sensibilidade e saem por aí magoando as pessoas. Deliberadamente, conscientemente, arrasam com alguém. E depois continuam sua própria vida...sorrindo..... sorrindo como se apenas tivessem dada cabo a mais uma barata que existe no mundo.. agora, menos uma.

Não dá pra riscar esses indivíduos do mapa.. mas dá pra usar um instrumento afiado e raspar a lembrança do que foram, do que fizeram da minha própria memória.

Vou me tornar especialista em apagar pessoas da minha cabeça..

"O inferno são os outros"... tenho certeza de que você sabe de quem é a frase.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

- 343 dias

11:30 horas - no dia - 343 eu queria que fosse: dia + 343....

Já teria passado um bom tempo do meu último dia; em vez disso, ainda tenho tantos pela frente.

Ontem encontraram um colega de racha morto. Há algum tempo ele não aparecia. Ninguém se importou muito com isso. Afinal, todos nós desaparecemos volta e meia... depois voltamos... ou não.

Se não nos damos conta do desaparecimento? Claro... todos nós temos memória. O que nos falta apenas é solidariedade. nenhum de nós se importa com o outro... queremos a adrenalina do racha e fim.

No fim cada um volta para sua merda de vida.

Comecei a semana como sempre:

8 horas - paciente (odeio acordar cedo, mas como deixar de atender uma amiga de minha mãe que quebrou o dente no domingo à noite?)

9 horas - paciente de verdade

10 horas - paciente

O telefone toca só pra me avisar que um dos 'brothers' seria enterrado às 10:30.

O que resta de humano em mim pediu à secretária que entrasse em contato com o paciente das 11 horas e desmarcasse o horário.... e o blá-blá-blá de quase sempre - só que desta vez seria a mais pura verdade.

Chamei um táxi... engraçado não me sentir bem pra dirigir... o volante nunca foi problema pra mim. O que está acontecendo comigo?

Ao chegar ao cemitério, quase pedi ao motorista que retornasse comigo à clínica.

Mas tirei uma coragem-monstro - não sei de onde - e entrei.

Uma cerração fortíssima cobria tudo... a umidade, o cheiro de velas queimadas, cheiro de flores mortas... o cheiro da morte. Nauseabundeante.... nevoeiro, escuridão, turvação atmosférica turvando a mente.

Vomitei o café que não tomei...

E agora estou aqui...não consigo lembrar de nada do que aconteceu depois de pôr pra fora tripas e coração.

Será que restou alguma humanidade em mim? Agora dirão? Não, Fulan@... não, não tem coração.

Acho que nunca tive.... então o que foi que saiu de mim?

domingo, 21 de julho de 2013

- 344 dias

17 horas - Tudo bem.... tudo bem se não estou bem. Já estou tão acostumad@ que tanto faz.

Acordar com sol, acordar com chuva. Com calor, com frio. Com luz ou com escuridão.

São dias sombrios e noites sombrias, sóbrias. Um depois do outro. Tudo igual. Cansaço da alma, a mais profunda exaustão.

E o meu vizinho assobia... o que o faz feliz? Nesta porra de vida, como alguém pode assobiar? Definitivamente, ele deve ser de outro planeta. Ou uma planta... quem sabe?

As sombras - da noite - se instalaram em minha vida. E nem pediram licença. Por isso, desconfio que ninguém é livre. Somos todos prisioneiros.

Queria saber quem é meu algoz? Queria poder olhar em seus olhos e implorar misericórdia... implorar que abreviasse meus dias. Melhor: iria implorar pra eu nunca ter existido, nunca ter sido. Porque desconfio.... apenas desconfio que não vou ter fim. Não, a morte não será meu fim. Porá fim a esta estúpida vida... mas aquilo que sou eu - pra além de meu corpo - vai continuar indefinidamente... pra sempre.

Sinto um arrepio. Não, não é frio. São os anjos da morte... que contradição... anjos e morte, acho que não combinam no mesmo cenário.

Minha visão, cada vez mais turva. Um nevoeiro de inquietações impedem a luz de chegar até mim.

Sim... tenho esperança... acredito que deva haver luz em algum lugar...

Preciso de ajuda... help me, please.

Só mais um dia....

sábado, 20 de julho de 2013

- 345 dias

Liberdade?

Nessa merda de vida ninguém tem liberdade. Somos todos meros fantoches na mão deste espaço de tempo entre nossa concepção e morte. E este espaço de tempo pode ser um simples momento, ou pode se estender por vários momentos.

Quanto mais momentos, mais manipulados. Boa a vida de quem a tem abreviada... abreviadíssima. Esse sim pode ser considerado feliz.

O resto? Todos uns infelizes. Presos a um corpo que escraviza - na bebida, na comida, no vestir-se, no comportar-se. O que escraviza você? Nada? Pense um pouquinho só e verá que você é escravo sim, pura utopia a liberdade.

Fui e voltei...

Fui com o seguinte pensamento: “carpe diem, quam minimum credula postero".

Horácio - um poeta de a. C. - escreveu como conselho a uma amiga. Eu mesm@ me dei esse conselho antes de ir.

Amig@, aconselho o mesmo pra você: “colha/aproveite o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã”.

Viva hoje tudo o que tem de viver. A vida é breve, sabia? A beleza é perecível, sabia?

Que certeza você tem sobre seu amanhã? Nenhuma... e é aí que eu digo... somos todos marionetes na mão de um 'ser imprevisível', do destino, da vida... sei lá.

Então não me venha falar de liberdade. E já que não há liberdade não me culpe pelo meu pessimismo. A vida é péssima mesmo. Ou a sua não é?

Você não está fadado, destinado, obrigado à morte? Pois é.... então não me fale que há liberdade. Seu destino - como o meu - já está traçado.

Voltei - agora não preciso beber a mesma quantidade de água e álcool... só o álcool já me satisfaz.

Amém!








sexta-feira, 19 de julho de 2013

- 346 dias

Outro dia... que não chega. As trevas tomaram conta, embora o Sol tenha feito seu trajeto direitinho, não chegou até onde estou.

O peso na alma faz com que eu consiga apenas me arrastar. Tudo perdeu o sentido. Não há paz nem do lado de cá, nem do lado de lá.

O fundo do oceano... talvez fosse a melhor companhia... o melhor lugar pra ficar.

Tirar sua própria vida: é um ato de coragem ou é pura covardia?

Essa dúvida me assalta... procuro pela resposta e minha mente turvada confunde-me o tempo todo.

É coragem - acho. Tem de ter é habilidade para conseguir confrontar o temível som da indefinição, da incerteza... é preciso coragem para dar o passo necessário - um passo  em falso... um passo rumo ao desconhecido. Coragem é fazer o que tem de fazer. E assumir as consequências... mesmo que sejam as piores. Coragem é conseguir transpor as barreiras que colocam medo ... medo: está aí uma coisa que não sei o que é. Não é o medo que me impede de seguir com minha empreitada.

Covardia... não sou covarde... ou sou? Por que minha mente se dá o trabalho de me dar o trabalho de decidir? Por que minha mente permanece envolta em brumas e não me deixa ver com clareza o certo a se fazer?

Covardia.... corrupção da prudência. A prudência é uma virtude... virtude de saber distinguir entre um ato corajoso e um ato repleto de covardia.

Fico andando em círculos. A vida é uma tontura só. Não há um milésimo de equilíbrio.

Covarde? Será que sou covarde? Será que me falta força? Será que sou completa fraqueza? Sou tão frac@ que não sou capaz de abandonar minha vida pela metade?

Sei que tenho de fazer o que tenho de fazer.... Porra! Por que não me decido e pronto? É simples assim...

Esse estado de ânimo traiçoeiro está me matando aos poucos.... e isso não me ajuda em nada: não consigo lutar contra essa onda tenebrosa que me envolve.... quase me afoga. Por que não me afoga de vez?

O fundo do oceano.... por que não me invade uma onda de paz!?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

- 347 dias

Outro dia!

Não há um dia sequer em que haja algo novo. Tudo é igual neste planeta em que vivemos... tudo é igual no Universo.

Há algo novo? Preciso do novo... a mesmice está me matando um pouco a cada dia. A ideia da morte me persegue... um policial perseguindo o ladrão... um dia me pega... um dia ele o pega.

Há algo silencioso dentro de mim, corroendo-me pouco a pouco... o único problema é que corrói um pouco e deixa o restante para corroer depois. Queria que corroesse tudo de uma vez.

Abro a janela... a visão turva. Mal consigo distinguir entre os arranha-céus modernos e as construções da era medieval... tudo se confunde em minha mente.

Mais um dia pela frente.... não vejo a hora de que ele fique para trás... menos um dia.

À noite, a chuva molhou tudo o que encontrou pela frente, lavou telhados...

Saí de mansinho da cama... desci as escadas, abri a porta sem fazer um ruído sequer. E deixei a chuva bater com força em meu corpo... esperava que lavasse minha alma também. Esperança... é o pior dos males... maldita Pandora!

Agora... a chuva passou... e eu continuo @ mesm@.

Onde está a minha capacidade de sentir alegria e prazer em atividades que eu considerava agradáveis?

E eu adorava o outro lado do oceano :(

quarta-feira, 17 de julho de 2013

- 348 dias

Em uma hora qualquer, em qualquer lugar do mundo - Seria bom conseguir voar.... mas é impossível começar a voar voando... então caminho, posso até correr se quiser, mas não fará grande diferença... só chegarei um pouquinho mais cedo lá na frente... e não aprenderei a voar de qualquer jeito.

Então o único jeito é me conformar.

Percebi que é muito, mas muito mas fácil mesmo obedecer ao outro do que dirigir a si mesmo - como diz Nietzche.

Minha angústia começa bem aqui do lado esquerdo do peito - no lugar de uma coisa chamada coração.

Quando é outro que me leva pela mão, quando é outro que não eu que aponta  a direção, sigo mais leve. Sigo sem o peso da responsabilidade de acertar. Fecho os olhos, puxo a cortina da mente e deixo-me levar pra qualquer ponto, qualquer lugar.

Quando chego, abro os olhos e afasto a cortina da mente, porque, afinal, levo muito em consideração o que o outro faz por mim. Então aproveito o momento.

Paz...paz... paz... devo manter minha mente focada... qualquer passo em falso aparece o quanto sou fals@.

Não estou cert@ de ter entendido o objetivo da vida.... - se é que existe um, claro!

Eu deveria ter trazido o que mantém minha sobrevida...

terça-feira, 16 de julho de 2013

- 349 dias

Começo da tarde - me dou conta de que tudo o que menos importa é que horas são. Dependendo do lugar do mundo onde estou, o relógio marca uma hora diferente... porque o Sol está numa posição diferente.

As estações são diferentes, do lado de cá do oceano. Eu sou exatamente eu. Não importa em que lugar esteja.

Olho no espelho... odeio o que ele reflete. Odeio mais o que ele refletirá no futuro: uma invasão implacável, certeira de fios brancos em minha cabeça... uma invasão de sulcos cada vez mais profundos em meu rosto.... lentamente essa invasão já começou: arranco sem dó dois fiozinhos brancos que timidamente se escondem entre os cabelos escuros. E sei... chegará o dia em que meus cabelos cometerão suicídio coletivo... então já vou adiantando a morte de alguns.

O tempo age incomplacente, inexorável, inflexível.

E o corpo cada vez menos flexível. A mente cada vez mais calejada, empedernida, curtida e calosa.

Olho pra dentro dos meus olhos... um vazio enorme olha de volta.

E agora, esquecer quem eu sou e aproveitar a vida....'porque o que se leva da vida é a vida que se leva'.

Pelo menos disso eu tenho consciência :(

segunda-feira, 15 de julho de 2013

- 350 dias

22 horas (Brasil) - Depois de mais de 24 horas entre avião e trem, enfim chego ao meu destino. Uma réstia de luz por debaixo da porta. Aquela bendita luzinha no fim do túnel. A bonança depois da tempestade...

Não devo me abater.... chega de lutas travadas em meu interior, chega de quase desistir, de jogar a toalha por qualquer dor, por qualquer mau humor.

Calor infernal. Por que sempre esqueço de pensar nas estações antes de comprar bilhete de viagem? Eu mesm@ me boicotando. Preste atenção! É suficiente a menor medida do mundo de amor próprio pra pensar em fazer o bem a si mesmo... infinito (∞) não pode ser medido...

Mas vou tentar curar meu TOC... vou gritar alto pra que do lado de lá do oceano quem tem de ouvir ouça... paz! Só o que quero é me livrar dessa angústia... Só quero paz!

E que morra quem roubou minha paz...

domingo, 14 de julho de 2013

-351 dias

10 horas - espio por uma frestinha da cortina, dia totalmente nublado. Addoroooooooooooooo!!!!

Parece que consigo saber onde estou - mas não sei onde estou; quer dizer, sim, consigo saber que estou em qualquer lugar que não no meu apartamento, mas não sei onde - no apartamento de quem estou...

Os pássaros cantam.... meu Deus como é que é possível algo ou alguém cantar. Será que não cantar não tem nada a ver com felicidade? Pode ser. Eu não canto... faz anos que minha voz não é usada pra cantar.

...uma vez eu cantava, agora não canto, também não choro... nem vivo... só reajo.

Reajo à luz, acordo, levanto e vou trabalhar...

Sinto alguma coisa? sim... deixo o sentimento fluir... qualquer tipo de sentimento - mas coloquei uma cerca, uma barreira, dentro de mim... uma cerca bem visível, de arame farpado - assim o sentimento sabe que imponho os meus limites, e ele vai só até onde lhe é permitido ir.

Saio da cama. Lembro vagamente de haver pisado em corpos ontem; então, agora tomo cuidado.

Não há corpos. Será que foi pura imaginação? Alucinação? Não, não vou parar de me medicar? Drogas? Não - não são drogas - enquanto elas conseguirem me ajudar  carregar esta droga de vida. São, sim, como o Exército da Salvação.... sempre que os sentimentos burlam os limites que lhes impus.

E ...'canta, canta minha gente, deixa a tristeza pra lá... canta, canta, minha gente que a vida vai melhorar'... por que essa merda não sai da minha cabeça?

sábado, 13 de julho de 2013

- 352 dias

13 horas - Acordo. Olho ao redor e claramente vejo que não estou em meu quarto. Penso: 'como cheguei aqui?' 'Que aqui é este?'

Minha cabeça lateja, minha boca está amarga, um gosto de cabo de guarda-chuva. Esse gosto estranho de ferrugem - que na verdade nunca experimentei - sou capaz de identificar porque nos meus gens ele está lá registrado, com milhares de outros gostos... tudo herdado de meus ancestrais, que, convenhamos, nunca tiveram um paladar muito apurado. Botavam pra dentro tudo o que viam, quando a fome apertava.

Meu coração bate acelerado - um gosto amargo da vida.... parece querer me dizer: estou de saco cheio da vida... dá um jeito nela, pelo amor de Deus!!

Devo ter bebido e comido com um@ porc@. Mas, lembro de que só bebi Coca-Cola. Será que o efeito dela é esse? Vou processar a empresa... pelo menos encontro uma razão pra chacoalhar minha vida. Esse marasmo que me persegue está me matando um dia a cada dia.

Ou devo ter colocado algo na Coca-Cola, pode ser... Melhor eu me informar antes de entrar em contato com a empresa.

 Nunca perdi a consciência dessa forma. Saio da cama... meu Deus deve haver milhares de corpos aqui... até encontrar um banheiro pisei em uns quinhentos e abri todas as portas do apartamento.

Volto pra cama, desmaio pelo tempo necessário pra não ver o tempo passar.

Quem foi o filho da puta que falou que o bom da vida ainda vai começar?

sexta-feira, 12 de julho de 2013

- 353 dias

.... dificuldade de encontrar palavras...

O dia de ontem não aconteceu, definitivamente!

9 horas - abro os olhos... dificuldade de abrir. Sempre tenho a opção de não abrir. Saio da cama? Sempre tenho a opção de não sair.

A luz afeta minha capacidade de raciocinar. Sou adept@ da escuridão. Ela me fascina. Nela consigo me enxergar. Nela está o mundo... o mundo jaz em escuridão. Trevas. O dia se faz trevas... só pra me agradar... só pra tentar me ver feliz!

Eu sorrio. Ou, pelo menos, um risco corta meu rosto na altura da boca. Um risco... um débil e quase invisível risco. A vida é um risco, ou não? Um risco.... profundo andar pelo mundo.

Saio da cama? Dúvidas (milhares me assaltam todos os dias o dia todo): Onde está o erro? É um ato de coragem ou de covardia não me mover, assumir que prefiro a letargia?

12 horas - almoço com amigos

14 horas - paciente nº 1

15 horas - paciente nº 2

16 horas - paciente nº 3

17 horas - paciente nº 4

18 horas - paciente nº 5

....impaciente - uma ducha gelada, quem sabe volto à normalidade?

É verdade que o melhor lugar do mundo é lugar nenhum?

quarta-feira, 10 de julho de 2013

- 355 dias

11 horas - acordo com o barulho do aspirador da vizinha no andar debaixo.

É deprimente a ideia de sujeira. Bactérias!? Sei, sim.... elas também têm sua importância.

O barulho pesa nos meus ouvidos.... grito! Poooooooooora............

Ninguém me ouve, o barulho do aspirador abafa meu grito; então, grito até me faltar a voz.

O aspirador para também. Faltou energia? Não há mais sujeira para ser aspirada?

Só minha mente completamente tomada pelo cheiro nauseabundeante da sujeira do meu passado.

Por que ele insiste em me acompanhar? Uma força negativa atrai o passado para o presente...

terça-feira, 9 de julho de 2013

- 356 dias

6 horas - banho, escovar os dentes, perfume

8 horas - primeiro paciente

9 horas - segundo paciente

10 horas - terceiro paciente - o dente extraído errado - solução: 'você tem cinco dentes do siso... é raro, mas existem casos... e fique feliz porque poderia ter seis ou sete ou oito'

E ele saiu feliz da vida... e eu com a consciência tranquila - afinal foi só meia mentira.

11 horas - almoço: feijoada e feijoada... nada de álcool, tenho 8 pacientes entre a tarde e o começo da noite.

Estou sóbri@, chuvisca uma chuvinha fina, fina... parece mais um nevoeiro líquido.

Nada como um dia cheio de trabalho para ocupar completamente meu dia e minha mente.

Estou desconfiad@ de que a minha dificuldade em pronunciar 'sobriedade', 'felicidade', 'paz' seja um transtorno obsessivo-compulsivo... só pode ser isso. Tem mais, além de não conseguir pronunciá-las não consigo entender o significado delas.... só pode ser TOC.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

-357 dias

12 horas - demorei pra acordar; demorei pra sair da cama; demorei pra abrir a janela; demorei pra olhar pro céu. O sol não apareceu... uma neblina densa escode toda a cidade. Não consigo ver nem os prédios do outro lado da rua.

A tristeza... só pra constatar, a tristeza a que me referi ontem não tem nada a ver com a morte do cara do carro amarelo.  De uma certa forma todo mundo já está meio morto mesmo. A minha tristeza está encravada em mim como imóvel encravado. Barraram meu acesso à minha vida, às minhas vontades.... e dá pra ser feliz assim?

Vida? Ironia do destino? Livre arbítrio?

Cada dia que passa é um dia a menos... todo mundo está perdendo... não, não adianta querer me convencer de que temos uma vida. O que temos mesmo é um espaço de tempo, no espaço sideral pra irmos morrendo cada dia um pouquinho. Um morrendo já definido, predeterminado... colado no seu próprio corpo... no seu... no meu, claro.

Prove-me que é diferente. Se você conseguir, darei a mão à palmatória.

Chuveiro, pacau fininho... fumaça, vapor d´'agua e fumaça da tristeza queimando dentro de mim. Tenso... tudo está muito tenso.

Um bom dia para morrer de vez... tudo já está meio morto mesmo. Bem que estou tentando definir eu mesm@ meu destino...

Não quero acabar como um@ cretin@ qualquer... você sabia que a palavra 'cretino' deriva do dialeto franco-provençal, chrétien, que significava cristão?

Pois, pois, quando eu digo que não existe nada do lado de lá... @ cretin@ sou eu.

domingo, 7 de julho de 2013

- 358 dias

17 horas - saio da cama com dificuldade... abro a janela: dia nublado, o céu está escondido, atrás das nuvens... de todos os tons de cinza escuros... assim como é a vida. Gotas de chuva atingem a janela com força, parece que querem entrar no meu quarto entrar. Assim como a vida que não desiste... porque agora ela insiste comigo? Por que ela quer forçar a barra? Ela não sabe que é inútil?

Tudo é completamente inútil.

Toca o telefone... alguém me avisa que houve um enterro no começo da tarde. E eu com isso? Sim, claro que conhecia o enterrado... mas e daí?

Que diferença faz no  mundo hoje haver um ser a menos na nossa festa?

Sim, a festa está marcada desde sempre e não é porque alguém partiu desta pra melhor é que vai deixar de acontecer...

Insensível... eu!? Tá bom! Vai dizer que você não sabia que as coisas nem sempre são como a gente quer? Pois é... não era bem o que eu queria... e que diferença faz o que eu quero?

E mais: o que que eu ganho se ficar em casa remoendo tentando entender por que a vida é essa merda toda? Nada vezes nada é o meu único prêmio.

Ah! E a tristeza!??.... Essa eu queimo, faço virar fumaça... que se mistura com a lançada dos meus pulmões.


sábado, 6 de julho de 2013

- 359 dias

11 horas - o sono não vem.

No racha, um azar desgraçado (ou eu deveria chamar de uma sorte dos diabos?) do dono do carro mais amarelo que gema de ovo. Bateu na traseira de outro carro, rodopiou, girou, rolou no asfalto, bateu em outro carro e se espatifou de frente pra um caminhão.

O cheiro da morte.... as garras da morte.

Boa vodka... me deixou anestesiado por um bom tempo... acordei no volante do meu carro, não tinha a mínima ideia de onde estava - eram 3 horas da manhã.

O sol brilha hoje, assim como brilhou ontem. Ontem o dono do carro amarelo - companheiro dos rachas mais incríveis... mais adrenalínicos do mundo - viu o sol nascer pela última vez.

É isso que a vida faz com a gente. Tira de cena quem não quer sair... e deixa quem está louco pra partir.

Comer? Não, nem hoje, nem amanhã...

Sorrir? Não, nem hoje, nem amanhã - ainda bem que é fim de semana. Não sou obrigado a sorrir pro freguês.

Um picada, ou duas.... ou três - não estou com cabeça pra resolver isso agora.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

- 360 dias

4 de julho de 2013 ..... há dias que não mereceriam existir - mas eles existem; então, o máximo que posso fazer é não registrá-los em meu diário... também não posso deletá-los da minha mente (mas escondo em um canto em que é impossível localizar qualquer lembrança).

05/07/2013

10 horas - vontade de não sair da cama nunca mais.

11 horas - chuveiro - há três dias que não tomo banho; a água fria deveria me revigorar - não funciona. Quem sabe um baseado dá uma forcinha.

12 horas - Almoço com minha mãe. Procuro demonstrar um pouco de vida. Faço as perguntas habituais sobre a família: 'como está meu pai? (não é bem meu pai... é o homem com quem ela casou depois que meu pai de verdade morreu).... e a minha irmã, mandou notícias?... o bebê da minha cunhada nasce quando mesmo?'.

15 horas - paciente
16 horas - outro paciente
17 horas - mais um paciente
18 horas - último paciente .... como pode existir uma pessoa tão feliz neste mundo de merda?

22 horas - racha... dez latinhas de cerveja e uma garrafa de Vodka Imperia...

Melhor vodka do mundo, presente do melhor amigo do mundo: Dimitri (que por sinal tem o mesmo nome do criador desta maravilha: Vodka Imperia...)

Tomo toda de uma só vez.... a gente tem de valorizar os presentes dos melhores amigos, não tem?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

- 362 dias

9 horas da manhã - consultório

Não dormi nada, meus olhos estão embaçados, tenho de fazer um esforço sobrenatural para manter as mãos firmes.... tenho vontade filha-da-puta de gritar como um@ louc@.

A cabeça dói, o corpo todo dói; e o paciente filho-da-puta reclama de uma simples picada de agulha. Ele não tem ideia do que é dor.

Vida - que brincadeira é essa? O que fiz em outras vidas pra merecer este carma? Qual o dever a ser cumprido nest@ que Sou!?

13 horas - café e mais café... um cigarro depois do outro.

16 horas - ando pelas ruas como um@ vagabund@.

19 horas - de volta pro consultório - último paciente do dia - tenho de ser simpátic@... sorrir - meus dentes brancos, mas brancos mesmo, são a melhor coisa em mim.

O resto é tudo podre....

Pois é, ninguém é perfeito, não é!?

terça-feira, 2 de julho de 2013

- 363 dias

8 horas da manhã... abri a janela, céu azul, azul.... o sol apareceu com toda a sua força.... cortando em pedacinhos minúsculos o nevoeiro que cobriu a cidade por dois dias...

Odeio o sol, odeio o céu azul - definitivamente nasci no continente errado.

Café - três canecas - uma, café de ontem: frio como uma despedida; duas, de hoje - cafeína para a primeira hora da manhã.

Um resto de pizza - de ontem... cinco fatias de bolo de chocolate - o meu preferido.

10 horas - um paciente. Boca aberta, literalmente - em todos os sentidos.

11 horas - outro paciente... boca aberta

Boca aberta = eu ... arranquei o dente errado... preciso consertar isso.

13 horas - melhor hora do dia - almoço com um casal de amigos.

Churrasco + churrasco + churrasco e maionese, porque ninguém é só carnívoro.

Churrasco sem a cervejinha básica não dá. E caipirinhas (muuuiiiiitas) pra fome aumentar.

Um cigarro, dois cigarros, três cigarros....

Regar meu  arbusto Erythroxylum coca.... mascar três folhinhas - aviso aos navegantes:  o consumo da folha de coca, mesmo em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína.

Som.... som e mais som... no volume que eu quiser... pelo menos o suficiente pra não ouvir o idiota do meu vizinho reclamar...

E a noite é uma criança....

segunda-feira, 1 de julho de 2013

- 364 dias



Hoje o dia está nublado... sim, eu sei que disse isso ontem; mas é que realmente está. Choveu à noite. Gosto da noite... escura, fria, molhada.

Exatamente às 23 horas saí da cama. Tont@... vivo tont@. Quando eu não sabia que a terra era redonda, não sentia tonturas. Quem foi o imbecil que descobriu isso da terra ser redonda? Da terra rodar?

Seria tão bom se a terra fosse plana.... chata - seria chata nos dois sentidos. E eu não me sentiria tont@. O máximo era me sentir caminhando pro abismo... o que de qualquer forma sei que é o que está acontecendo... abysmo!

Cerveja... três latinhas geladaaaaaaaassssssssssssss!!! O bom da vida.

Peguei meu carro e fui em direção ao nosso local de racha. Não, brincar de fazer racha não é um hobby, é rotina... quase um trabalho, uma obrigação.

Preciso de adrenalina.

Quase, mas quase mesmo atropelei um casal. Azar o deles. Quem mandou se enfiar bem na minha frente.

A polícia! Ela sempre chega e eu sempre fujo. Sou PhD em fugir... de tudo.

Quatro horas da manhã. Chuveirada... mais um baseado - fraquinho agora. Três aspirinas, uma pizza no micro-ondas e mais três geladas... e uma barra de chocolate - sou viciad@ em chocolate.

Afinal, se eu não comer eu morro.

Agora? Meio-dia.

Vou pro consultório... cinco pacientes....deus, dá-me paciência e que minhas mãos não tremam.