segunda-feira, 8 de julho de 2013

-357 dias

12 horas - demorei pra acordar; demorei pra sair da cama; demorei pra abrir a janela; demorei pra olhar pro céu. O sol não apareceu... uma neblina densa escode toda a cidade. Não consigo ver nem os prédios do outro lado da rua.

A tristeza... só pra constatar, a tristeza a que me referi ontem não tem nada a ver com a morte do cara do carro amarelo.  De uma certa forma todo mundo já está meio morto mesmo. A minha tristeza está encravada em mim como imóvel encravado. Barraram meu acesso à minha vida, às minhas vontades.... e dá pra ser feliz assim?

Vida? Ironia do destino? Livre arbítrio?

Cada dia que passa é um dia a menos... todo mundo está perdendo... não, não adianta querer me convencer de que temos uma vida. O que temos mesmo é um espaço de tempo, no espaço sideral pra irmos morrendo cada dia um pouquinho. Um morrendo já definido, predeterminado... colado no seu próprio corpo... no seu... no meu, claro.

Prove-me que é diferente. Se você conseguir, darei a mão à palmatória.

Chuveiro, pacau fininho... fumaça, vapor d´'agua e fumaça da tristeza queimando dentro de mim. Tenso... tudo está muito tenso.

Um bom dia para morrer de vez... tudo já está meio morto mesmo. Bem que estou tentando definir eu mesm@ meu destino...

Não quero acabar como um@ cretin@ qualquer... você sabia que a palavra 'cretino' deriva do dialeto franco-provençal, chrétien, que significava cristão?

Pois, pois, quando eu digo que não existe nada do lado de lá... @ cretin@ sou eu.

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