sexta-feira, 26 de julho de 2013

- 339 dias

11:30 - O sol apareceu tímido. Sumiram as nuvens espessas que cobriam a cidade. As ruas quase desertas por causa do frio de repente encheram-se de pessoas que, como formigas, vão apressadas de um lado para outro - como se quisessem recuperar o tempo em que ficaram enfurnadas dentro de casa... tempo perdido?

Recuperar o tempo. Existe maior idiotice? O tempo passa e nós passamos pelo tempo - é exatamente assim que funciona. Ninguém consegue recuperá-lo.... por  mais que tente.

Um ódio me corrói. Odeio o sol... o mundo é menos civilizado quando o sol aparece.

Nos chuvosos dias... há o silêncio só interrompido pelo som da própria chuva batendo no telhado de zinco.... tenho boas sensações nesses momentos. Será coisa da minha infância?

Somos produtos de nossos dias, de nossos encontros e desencontros - alguns psicólogos e psiquiatras dizem.

Meu Deus! Devo ter tido dias horrorosos e apenas desencontros... pra me tornar o que sou.

Maldito passado... que fez de mim essa criatura desengonçada, desajeitada, desconjuntada, completamente desarticulada, sem sintonia, sem sincronia, sem simetria, incapaz de seguir um ritmo, 'desritmada', confusa em meus próprios pensamentos, em minhas ações... e reações.

'O que a [minha] história conta não passa [...] do pesadelo espesso e confuso da [minha][des] humanidade", lembrando Schopenhauer....

Nenhum comentário:

Postar um comentário