Outro dia... que não chega. As trevas tomaram conta, embora o Sol tenha feito seu trajeto direitinho, não chegou até onde estou.
O peso na alma faz com que eu consiga apenas me arrastar. Tudo perdeu o sentido. Não há paz nem do lado de cá, nem do lado de lá.
O fundo do oceano... talvez fosse a melhor companhia... o melhor lugar pra ficar.
Tirar sua própria vida: é um ato de coragem ou é pura covardia?
Essa dúvida me assalta... procuro pela resposta e minha mente turvada confunde-me o tempo todo.
É coragem - acho. Tem de ter é habilidade para conseguir confrontar o temível som da indefinição, da incerteza... é preciso coragem para dar o passo necessário - um passo em falso... um passo rumo ao desconhecido. Coragem é fazer o que tem de fazer. E assumir as consequências... mesmo que sejam as piores. Coragem é conseguir transpor as barreiras que colocam medo ... medo: está aí uma coisa que não sei o que é. Não é o medo que me impede de seguir com minha empreitada.
Covardia... não sou covarde... ou sou? Por que minha mente se dá o trabalho de me dar o trabalho de decidir? Por que minha mente permanece envolta em brumas e não me deixa ver com clareza o certo a se fazer?
Covardia.... corrupção da prudência. A prudência é uma virtude... virtude de saber distinguir entre um ato corajoso e um ato repleto de covardia.
Fico andando em círculos. A vida é uma tontura só. Não há um milésimo de equilíbrio.
Covarde? Será que sou covarde? Será que me falta força? Será que sou completa fraqueza? Sou tão frac@ que não sou capaz de abandonar minha vida pela metade?
Sei que tenho de fazer o que tenho de fazer.... Porra! Por que não me decido e pronto? É simples assim...
Esse estado de ânimo traiçoeiro está me matando aos poucos.... e isso não me ajuda em nada: não consigo lutar contra essa onda tenebrosa que me envolve.... quase me afoga. Por que não me afoga de vez?
O fundo do oceano.... por que não me invade uma onda de paz!?
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