Desespero da alma. Nada acalma. Sombrias aflições da vida. Loucas tentativas de sobrevivência. Um estado de angústia toma conta de tudo. Olho pela janela... tênues raios de sol entre os edifícios, as sombras engolem o resto.
Mais um sonho... uma noite de pesadelo.
Uma estrada longa, muito longa, em preto e branco, e cinza. Embora ter quilômetros e quilômetros de extensão, consigo ver o fim: vermelho! (As cores têm aparecido cada vez mais em meus sonhos... será que querem me dizer algo?). Começo andar de costas como se estivesse fugindo do próprio inferno, mas cada passo que dou - para trás - mais próximo, mais forte o vermelho fica. Falta-me ar, o calor vai se tornando cada vez mais insuportável, os pés parece pisarem em brasas. E corpos - malditos corpos se contorcendo pelo chão - muitos, esquálidos tentam desesperadamente me pegar com suas mão pútridas e pegajosas.
Isso já está virando obsessão. Preciso parar de dormir.
Creio que estou aprendendo a acreditar em milagres... acho que Erich Remarque tem razão: "no desespero [...], as pessoas aprendem a acreditar no milagre. De outra forma não sobreviveriam".
E eu acordo pra continuar sobrevivendo, mais um dia, ou melhor, menos um dia.
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